6 motivos para agendar uma consulta na ginecologista hoje (e parar de adiar esse check-up!)
Desde 1959, 30 de outubro ficou marcado como o Dia Internacional do Ginecologista e Obstetra. E, segundo Dra. Karina Tafner, ginecologista, obstetra e especialista em Endocrinologia Ginecológica e Reprodução Humana pela Santa Casa, a ginecologia é uma das poucas especialidades médicas em que a paciente não precisa estar doente para agendar uma consulta, pois os exames ginecológicos devem ser realizados rotineiramente, com objetivo de preservar a saúde da mulher. Ou seja, sabe aquele check-up que você enrola há meses (ou anos) para marcar? Pegue o telefone djá e mude isso.
“As mulheres devem ter esclarecimento sobre a importância da realização e periodicidade da avaliação e dos exames ginecológicos, assim como orientações sobre as doenças ginecológicas mais prevalentes. Isso deve ser realizado pelo ginecologista e por meio de campanhas públicas. Igualmente essencial é o acesso ao atendimento médico adequado. Caso contrário, as mulheres não terão oportunidade de serem atendidas e avaliadas, correndo o risco de não tratar alguma doença logo no início”, alerta a ginecologista Karina Tafner.
De acordo com a Dra. Karina, o grande número de mulheres que não realizam consultas e exames de rotina se deve, basicamente, à falta de informação sobre a necessidade da avaliação ginecológica regular e sobre o impacto disso na saúde da mulher. Segundo ela, há desinformação sobre a função de exames laboratoriais e de imagem que são cruciais, como o Papanicolau, exame de citologia cervical realizado como prevenção ao câncer de colo do útero, e a mamografia, que tem como finalidade estudar o tecido mamário, podendo detectar um nódulo, mesmo que este ainda não seja palpável.
Perguntamos à Dra. Karina seis motivos para você (e todas nós) agendarmos uma consulta com nossa ginecologista. Confira:
Quando a menina/mulher precisa agendar a primeira consulta?
Com que frequência devemos ir ao ginecologista?
Quando precisamos realizar a mamografia?
Quais outros exames são importantes para a saúde da mulher?
O que é densitometria óssea e quando realizar?
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Após a primeira relação sexual, a mulher deve realizar a coleta de Papanicolau, no mínimo, uma vez ao ano, pois é o único exame capaz de prevenir o câncer de colo do útero e suas lesões precursoras.
O exame clínico ginecológico, incluindo a inspeção vulvar, avaliação especular, exame de toque vaginal e palpação mamária, deve ser realizado, no mínimo, a cada um ano, pois podem diagnosticar diversas patologias ginecológicas, não devendo ser substituídos, e sim complementados, por exames adicionais.
Segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia, tem indicação de ser realizada anualmente, a partir dos 40 anos ou antes, caso haja fator de risco familiar, para diagnóstico precoce do câncer de mama.
Outros exames devem ser solicitados conforme o ginecologista julgue necessário, como ultrassom transvaginal (identifica imagens dos órgãos internos, como útero, trompas de falópio, ovários, colo do útero e vagina. É possível diagnosticar problemas da região pélvica, como cistos, infecções, gravidez ectópica, câncer ou até confirmar uma possível gravidez), ultrassom das mamas (analisa alterações mamárias, como as que podem ser sentidas, mas não visualizadas na mamografia, ou variações em mulheres com tecido mamário denso. Também pode ser usado para observar alterações que foram vistas na mamografia. O ultrassom pode distinguir a diferença entre os cistos com líquido e massas sólidas), exames laboratoriais gerais, avaliações hormonais, colposcopia (faz parte do rastreamento do câncer de colo do útero, juntamente com teste de Papanicolau e/ou testes específicos para detecção do HPV - Papiloma Vírus Humano), vulvoscopia (exame da vulva, que consiste em avaliar as estruturas, pele e mucosas do órgão genital externo feminino. Quando aliada a uma biópsia, ela otimiza o diagnóstico das lesões HPV-induzidas, do líquen escleroso e de problemas mais graves, como o câncer na vulva).
É o exame mais eficiente para verificar o teor de cálcio e de outros minerais nos ossos. Segundo o HCor, é um exame indolor e seguro, que possibilita o diagnóstico por imagens, semelhante as do raio-X. É por meio da densitometria óssea que os médicos chegam aos diagnósticos de osteoporose e de osteopenia. Essas doenças são mais frequentes em mulheres e consistem na descalcificação dos ossos, que se tornam mais porosos e quebradiços. Os ossos enfraquecidos favorecem fraturas, especialmente nos quadris, o que gera expressivas limitações funcionais, além de favorecer doenças cognitivas e depressão em idosos. A indicação mais comum da densitometria óssea é entre as fases pré-menopausa e pós-menopausa.
Segundo a Dra. Karina Tafner, o ginecologista tem o dever de orientar as pacientes sobre as doenças ginecológicas mais frequentes, o modo de prevenção dessas doenças e o diagnóstico das mesmas. Ela afirma que caso haja alterações na avaliação de rotina, é necessária uma consulta com um especialista da área, por exemplo, uma alteração grave na mamografia deve ser encaminhada ao mastologista.v></font></font>